José Augusto Mannis | Música Eletroacústica

José Augusto Mannis (1958 – São Paulo, Brasil)

Compositor, performer eletroacústico, sound designer, professor universitário, pesquisador. Suas composições abrangem os mais variados gêneros: música instrumental, eletroacústica, trilhas para vídeo, cinema, teatro (Antunes Filho), criações radiofônicas e instalações multimeios.

Tem atuado também como intérprete de obras eletroacústicas, em performances ao vivo (Ensemble l’Itinéraire (onde coordenenou a Cellule de Recherche) e INA/GRM – Institut National de L’Audiovisuel / Groupe de Recherches Musicales, França (equipe de planificação e realização dos concertos do Cycle Acousmatique, com a orquestra de alto-falantes Acousmonium) e participou como músico, engenheiro de som, diretor artístico e compositor de diversos CDs lançados no Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro) e no exterior (França, Bélgica, EUA). Atualmente é performer eletroacústico do Núcleo Hespérides (Música das Américas), com sede em São Paulo.

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Raul do Valle | Música eletroacústica

Natural de Leme (SP), 1936, estudou com Camargo Guarnieri e diplomou-se em sua classe de Composição e Regência no Conservatório Musical de Santos, em 1973. Foi contratado como professor da UNICAMP em março de 1974. Viajou no mesmo ano para a Europa, onde estudou com Nadia Boulanger (Paris) e Alberto Ginastera (Genebra). A partir de 1976 passou a residir em Paris onde estudou com Oliver Messiaen, Pierre Boulez e Iannis Xenakis. Participou de Ateliers de Criação com John Cage, Andre Boucourechliev, Andrey Eschpay, Ton de Leeuw e outros.

Especializou-se em Música Eletroacústica no Groupe de Recherches Musicales – GRM, com Guy Reibel e Pierre Schaeffer – 1976/78. Sua produção inclui várias obras sinfônicas, de câmara e eletroacústicas, além de músicas para filmes (curtas e longas metragens), vídeos, teatro, dança e espetáculos multimídia. Sua obra “Estrias IV”, para cello, representou o Brasil na 26º Tribuna Internacional dos Compositores – UNESCO – 1979, e foi destaque na TRIMALCA (Tribuna Internacional de Composição para América Latina e Caribe) – UNESCO / São Paulo – 1980. “Encadeamento” para cinco contrabaixos, representou o Brasil na 28ª Tribuna Internacional dos Compositores – UNESCO / Paris – 1981. Entre seus prêmios destacam-se Prix du Public e Prix de la Critique, do Centro Internacional de Percussão, em Genebra, 1975, com a obra “Cambiantes”; Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) – 1980, com “Contextur”a-Melhor Obra Sinfônica; Prêmio APCA – 1984, com “…Os Ventos Quentes” – Melhor Obra Experimental. Prêmio Candango no “XVII Festival de Brasília do Cinema Brasileiro”- Filme de Curta Metragem “O Incrível Senhor Blois”- 1981 – Melhor Trilha Sonora.

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Jorge Antunes | Música Eletroacústica

Nasceu no Rio de Janeiro onde realizou sua formação musical tradicional na Escola de Música da Universidade do Brasil (atual UFRJ). Em 1962 começou a se interessar pela música eletrônica, ao mesmo tempo em que ingressava no curso de Física da Faculdade Nacional de Filosofia (FNFi). Depois de

construir vários equipamentos eletrônicos, Antunes fundou o Estúdio de Pesquisas Cromo-Musicais, compondo suas primeiras obras de música eletrônica.

Em 1965 deu início a pesquisas no domínio da correspondência entre os sons e as cores e compôe uma série de trabalhos a que dá o nome de CROMOPLASTOFONIAS, para orquestras, fitas magnéticas, luzes, usandotambém os sentidos do olfato, paladar e do tato. Em 1967 organizou o Centro de Pesquisas Musicais do Instituto Villa Lobos do Rio de Janeiro para onde transferiu seu laboratório. Em 1969 ganhou uma bolsa de pós-graduação em composição no Instituto Torcuato Di Tella de Buenos Aires.

Em 1970 ele continuou suas pesquisas no Instituto de Sonologia da Universidade de Utrecht com bolsa do governo holandês. Em 1971/73 ganhou bolsa do governo francês para um curso de aperfeiçoamento no Groupe de Recherches Musicales de l’ORTF, onde atuou como compositor estagiário sob a orientação de Pierre Schaeffer, Guy Reibel e François Bayle. No mesmo período iniciou Doutorado em Estética Musical na Sorbonne, tendo Daniel Charles como orientador. Desde 1973 Antunes é professor da Universidade de Brasília onde é professor titular desde 1988. Recentemente foi premiado pela RioArte com uma bolsa-encomenda para composição de um “vox-ballet” instrumental e eletroacústico.

* contato: antunes@unb.br

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No blog do músico Paulo Beto, conhecido como PB, tem um post muito interessante com direito até a entrevista:  Jorge Antunes – Música Eletrônica – Brasil – 1975

Valsa Sideral, abaixo:

Não dá para ver muita coisa, mas dá para escutar.

60 Anos de Música Eletroacústica (1948 – 2008)

Em 1948 é criado o Groupe de Recherches Musicales (GRM) na França por Pierre Schaeffer. Sem a utilização de partitura, o pioneiro da música eletroacústica transformou e organizou os sons para realizar suas obras musicais. Naquela época, esta modalidade de composilção foi batizada de musique concrète, em oposição à música abstrata, escrita em partitura. Pierre Schaeffer, Pierre Henry, Luc Ferrari e François Bayle compuseram “de ouvido”, experimentando e realizando audições críticas dos sons. A música concreta possibilitava a utilização de uma grande variedade de sons. Sons de qualquer natureza podiam ser gravados para servir de material musical ao compositor. Os compositores Herbert Eimert e Robert Beyer realizaram os primeiros experimentos com equipamentos eletrônicos na rádio NDWR de Colônia. A Música Eletroacústica passou a utilizar sons produzidos por sintetizadores buscando a elaboração elementar do som a partir de suas propriedades físicas. Em 1951 Herbert Eimert cria o primeiro estúdio de Música Eletrônica na própria rádio NWDR e inicia a Escola Senoidal formada por ele e outros compositores.

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