Depoimento do artista multimídia, músico, compositor, performer e produtor musical, Dudu Tsuda, indicado para o prêmio Sérgio Motta em 2009.
Depoimento gravado em sua casa/estúdio na Vila Madalena, Tsuda fala suas impressões sobre suas considerações e experiências com a arte urbana e um pouco de seu trabalho com as instalações – efêmeras como os grafites da cidade.
Leia alguns trechos do depoimento:
“A arte urbana foi uma manifestação muito fluida, muito natural. Ele é espontânea, então a legitimidade dela vem dessa espontaneidade que surge em centros não muito agradáveis. Você vai a Paris por exemplo, tem bem menos do que temos por aqui”
“O louco de São Paulo é que como se fosse um lugar muito podre, mas com uma plantinha que nasce, e ai começa a ter outra plantinha e etc. A sensação que eu tenho é essa. Que é uma cidade muito feia, não é uma cidade constante: tem parcelas bonitas da cidade e tem umas parcelas muito toscas e geralmente é nas toscas que essa intervenção urbana da uma amenizada na tosquidão.”
“A arte urbana do jeito que é feita é a tosquidão em si, só que aquilo do ponto de vista do prazer do olhar melhora bastante”
“No final o que sobra é essa sensação talvez, que alguém pode ter visto, alguém pode ter curtido e essa pessoa vai lembrar disso e de alguma forma traduzir em alguma ação dela, algum trabalho futuro ou simplesmente ela só vai lembrar”.
Na segunda parte do depoimento de Dudu Tsuda, ele fala sobre algumas de suas instalações a as reações que causaram nas pessoas, reações mais pertinentes a emoção do que aos aparatos tecnológicos.
“Motivação de canção: eu não estava preocupado se já havia usado
algum recurso tecnológico, ou se o fato ou algum recurso de cenografia
era batido ou não. A questão era mais uma necessidade pessoal.”
+ sobre o projeto OOG Lab: www.ooglab.com
Você precisa fazer login para comentar.